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Atividade
de História
Chegamos ao final do mês de março, no ano de 2021 d.C.
Espero que todos estejam bem, apesar do
momento triste que vivemos com a pandemia do Corona Vírus.
Estudar pode ser muito prazeroso, mas para
quem tem outras atividades, as vezes passa a ser algo penoso. Mas tenham
certeza, no final o prazer de conseguir é muito bom.
Sugiro que você organize seu tempo
deixando alguns minutos para os estudos. Sugiro também, que a cada conceito novo
aprendido, você dê uma pesquisada. Isto, lhe ajudará muito, no aprendizado.
Vamos
então para a nossa atividade:
O trabalho escravo na História do
Brasil
“Os castigos corporais são comuns, permitidos por lei e com a permissão
da Igreja. As Ordenações Filipinas sancionam a morte e mutilação dos negros
como também o açoite. Segundo um regimento de 1633 o castigo é realizado por
etapas: depois de bem açoitado, o senhor mandará picar o escravo com navalha ou
faca que corte bem e dar-lhe com sal, sumo de limão e urina e o meterá alguns
dias na corrente, e sendo fêmea, será açoitada à guisa de baioneta dentro de
casa com o mesmo açoite. Outros castigos também são utilizados: retalhamento
dos fundilhos com faca e cauterização das fendas com cera quente; chicote em
tripas de couro duro; a palmatória, uma argola de madeira parecida com uma mão
para golpear as mãos dos escravos; o pelourinho, onde se dá o açoite: o escravo
fica com as mãos presas ao alto e recebe lombadas de acordo com a infração
cometida” (História do Brasil / pg. 34 Luiz Koshiba e Denise Manzi F. Pereira
Ed. Atual )
Por que a economia colonial e
imperial se baseou no trabalho escravo?
O latifúndio monocultor no Brasil exigia uma mão-de-obra permanente. Era
inviável a utilização de portugueses assalariados, já que a intenção não era
vir para trabalhar, e sim para se enriquecer no Brasil.
O sistema capitalista nascente não tinha como pagar salários para
milhares de trabalhadores, além do que, a população portuguesa que não chegava
aos 3 milhões, era considerada reduzida para oferecer assalariados em grande
quantidade.
Quem foi utilizado como escravo
nos períodos colonial e imperial?
Embora o índio tenha sido um elemento importante para formação da
colônia, o negro logo o suplantou, sendo sua mão-de-obra considerada a
principal base, sobre a qual se desenvolveu a sociedade colonial brasileira.
Na fase inicial da lavoura canavieira ainda predominava o trabalho escravo indígena. Parece-nos então que
argumentos tão amplamente utilizados, como inaptidão do índio brasileiro ao
trabalho agrícola e sua indolência caem por terra.
A História verdadeira mostra que a reação do nativo foi tão marcante, que
tornou-se uma ameaça perigosa para certas capitanias como Espírito Santo e
Maranhão. Além da luta armada, os indígenas reagiram de outras maneiras, ocorrendo
fugas, alcoolismo e homicídios como forma de reação à violência estabelecida
pelo escravismo colonial. Todas essas formas de reação dificultavam a
organização da economia colonial, podendo assim, comprometer os interesses
mercantilistas da metrópole, voltados para acumulação de capital. Destaca-se
também, a posição dos jesuítas, que voltados para catequese do índio,
opunham-se à sua escravidão.
Apesar de todos esses obstáculos, o indígena é amplamente escravizado,
permanecendo como mão-de-obra básica na economia extrativista do Norte do
Brasil, mesmo após o término do período colonial.
Por que então que o índio cede
lugar para o negro como escravo no Brasil?
A maior utilização do negro como mão-de-obra escrava básica na economia
colonial, deve-se principalmente ao tráfico
negreiro, atividade altamente rentável, tornando-se uma das principais
fontes de acumulação de capitais para metrópole.
Exatamente o contrário ocorria com a escravidão indígena, já que os
lucros, com o comércio dos nativos, não chegavam até a metrópole.
Torna-se claro assim, o ponto de vista defendido pelo historiador
Fernando Novais, de que "o tráfico explica a escravidão", e não o
contrário.
Para os portugueses, o tráfico negreiro não era novidade, pois desde
meados do século XV, o comércio de escravos era regular em Portugal, sendo que
durante o reinado de D. João II o tráfico negreiro foi institucionalizado com a
ação direta do Estado português, que cobrava taxas e limitava a participação de
particulares.
Quanto à procedência étnica do negro, destacaram-se dois grupos
importantes: os bantos, capturados
na África equatorial e tropical provenientes do Congo, Guiné e Angola, e os sudaneses, vindos da África ocidental,
Sudão e norte da Guiné.
Interessante observarmos que entre os elementos deste segundo grupo,
destacavam-se muitos negros islamizados,
responsáveis posteriormente por uma rebelião de escravos ocorrida na Bahia em
1835, conhecida como a Revolta dos Malês.
A resistência do negro: os
quilombos.
Desde fugas isoladas, passando pelo suicídio, pelo banzo (nostalgia que
fazia o negro cair em profunda depressão o levando à morte) e pelos quilombos,
várias foram as formas de resistência do negro à escravidão, sendo a formação
dos quilombos a mais consequente.
Os quilombos eram aldeamentos de negros que fugiam dos latifúndios,
passando a viver comunitariamente. O maior e mais duradouro foi o quilombo dos
Palmares, surgido em 1630 em Alagoas, estendendo-se numa área de 27 mil
quilômetros quadrados até Pernambuco. Desenvolveu-se através do artesanato e do
cultivo do milho, feijão, mandioca, banana e cana-de-açúcar, além do comércio
com aldeias vizinhas.
Seu primeiro líder foi Ganga Zumba, substituído depois de morto por seu
sobrinho Zumbi, que tornou-se a principal liderança da história de Palmares.
Zumbi foi covardemente assassinado em 1695 pelo bandeirante Domingos Jorge
Velho, contratado por latifundiários da região.
Apesar dos muitos negros mortos em Palmaras, a quantidade de escravos
crescia muito e em 1681 atingia a cifra de 1 milhão de negros trazidos somente
de Angola.
O grande número de negros utilizado como escravos, deixa clara a alta
lucratividade do tráfico negreiro, responsável inicialmente pelo abastecimento
da lavoura canavieira em expansão nos séculos XVI e XVII e posteriormente nas
áreas de mineração e da lavoura cafeeira nos séculos XVIII e XIX
respectivamente.
Questões:
1.
Que tipo de doença era o banzo?
2.
Na sua opinião, os quilombos, eram uma
forma de resistência a escravidão? Explique:
3.
Qual foi o principal, o mais conhecido
quilombo do Brasil, e como acabaram com este quilombo?
Bons estudos!
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