Boa noite meus
queridos alunos! É com muita alegria que iniciamos mais uma semana de
atividades domiciliares, para mantermos nossas rotinas pedagógicas! Estou muito
saudosa de vê-los pessoalmente, e espero que estejam todos bem!
Vamos falar um pouco sobre os
esportes paralímpicos? Ou Paraolímpicos, como muitos dizem? Qual forma você
acha que está correta? Explique!
O marco da
prática esportiva de pessoas com deficiência é atribuído ao médico neurologista
alemão de origem judaica Sir Ludwig Guttmann, que, a convite do governo
britânico, criou, em 1944, um centro de atendimento a pacientes com lesões
medulares no Hospital Stoke Mandeville, na cidade de Aylesbury, Inglaterra. O
objetivo do centro era receber, tratar e reabilitar o grande número de soldados
e civis que retornavam da Segunda Guerra Mundial. Ludwig Guttmann
introduziu atividades esportivas como parte essencial do tratamento médico e,
depois de estudar o gesto esportivo como forma terapêutica, de integração
social e de melhora do estado fisiológico dos pacientes, deu origem ao que hoje
conhecemos como prática esportiva de pessoas com deficiência.
E quais foram as atividades esportivas praticadas?
Inicialmente, praticaram-se tiro ao alvo (depois chamado tiro esportivo),
arco e flecha (posteriormente tiro com arco), tênis de mesa e
lançamento de dardo.
A razão da
escolha é que elas poderiam ser facilmente adaptadas a movimentos de pessoas em
cadeira de rodas com sequelas de tetraplegia e paraplegia.
O polo em cadeira de rodas foi a primeira atividade esportiva
praticada em equipe, seguida pelo Netball. Em 1947, introduziu-se o basquetebol
em cadeira de rodas.
E no Brasil que história temos para contar?
No
Brasil, o marco histórico são as experiências de Robson Sampaio de Almeida e
Sérgio Seraphim Del Grande, ambos com paraplegia, que fizeram seu processo de
reabilitação nos EUA.
Em 1958, Robson Sampaio, no Rio de Janeiro, e Sérgio Del Grande, em
São Paulo, fundaram duas instituições pioneiras para a prática do basquetebol
em cadeira de rodas: respectivamente, o Clube do Otimismo e o Clube dos
Paraplégicos. Em 1959, no ginásio do Maracanãzinho (RJ), teve lugar o
primeiro jogo de basquetebol em cadeira de rodas entre as equipes paulista e
carioca.
Ao longo
da década de 1960, com grande empenho dos pioneiros na difusão do basquetebol
em cadeira de rodas pelo país, criaram-se duas outras instituições: em 1965, o
Clube dos Paraplégicos do Rio de Janeiro (CPRJ) e, em 1969, a Sociedade Amigos
dos Deficientes Físicos (SADEF). Em 1969, os dois precursores do esporte
paralímpico no Brasil participaram como atletas nos Jogos Pan-Americanos em
Cadeira de Rodas, em Buenos Aires, Argentina. Foi a primeira participação do
Brasil numa competição internacional.
2000
A partir dos Jogos
Paralímpicos de Sidney, Austrália, o Brasil iniciou uma trajetória ascendente
no número de atletas em várias modalidades: atletismo, basquetebol para atletas
com deficiência intelectual, ciclismo, esgrima, futebol de 7, halterofilismo,
judô, natação e tênis de mesa.
2004
Nos Jogos Paralímpicos de Atenas, Grécia, o Brasil
participou das mesmas modalidades, levando agora 96 atletas.
2008
Em Pequim, China, o Brasil ficou entre os dez primeiros
(9º lugar), com 186 atletas de atletismo, basquetebol em cadeira de rodas,
ciclismo, futebol de 5, futebol de 7, goalball, halterofilismo, hipismo, judô,
natação, remo, tênis de mesa e tênis em cadeira de rodas.
2012
Em Londres, Inglaterra, o Brasil competiu em 18
modalidades (atletismo, basquetebol em cadeira de rodas, bocha, ciclismo,
esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball,
halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, tênis de mesa, tênis em cadeira
de rodas, tiro esportivo, vela e voleibol sentado) e alcançou sua melhor
colocação: 7º lugar, com 43 medalhas, sendo 21 de ouro, 14 de prata e 8
bronze;
2016
Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. Em casa, o Brasil
participou em todas as modalidades, conquistou 14 medalhas de ouro, 29 de prata
e 29 de bronze, ficando em 8º lugar. O total de 72 medalhas foi um
recorde histórico para o Brasil. As modalidades que constaram do programa de
competições foram atletismo, basquetebol em cadeira de rodas, bocha, canoagem,
ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball,
halterofilismo, hipismo, judô, natação, remo, rugby em cadeira de rodas,
tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco, tiro esportivo,
triatlo, vela e voleibol sentado.
Aproveita e dá uma olhada no link do
vídeo abaixo, embora o vídeo seja em inglês, você verá as imagens, e elas
falarão por si.
Agora vamos fazer uma atividade juntos? Que tal
um vôlei sentado?
·
Pegue
uma bola, de preferência de vôlei, mas poderá ser de qualquer modalidade, ou
até mesmo uma balão.
·
Sente
com as pernas estendidas, não pode mexer as pernas, só podendo deslocar-se com
a ajuda dos membros superiores.
·
Agora,
jogue a bola para cima e execute movimentos de toque e manchete nela, o máximo
de vezes que você conseguir.
·
Ao
final, relate a sua experiência com este jogo, sem o uso das pernas para buscar
a bola, ou apoiar-se, ou até mesmo, mudar de posição.
R Referências bibliograficas: Instituto Peninsula, MEC, acessos aos sites:
Profª Jô Fassini
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